Segundo alguns registros, as terras do quilombo pertenciam a Maria Joana, que morreu enquanto se tratava de uma doença. Como a proprietária era viúva e não tinha parentes, a terra ficou para os escravos.
A Comunidade tem cerca de 400 pessoas, que dividem todo trabalho e as terras entre as 80 famílias. A maioria vive da agricultura de subsistência, turismo, artesanato e da plantação e da venda de bananas orgânicas.
Foi somente em 1997, após longos anos de luta, que conseguiram ser reconhecidos pela justiça como Comunidade Quilombola. Somente no ano passado, conseguiram realmente o direito de suas terras. Um dos grandes problemas que atinge a Comunidade é a questão da educação, pois os jovens de lá não têm acesso a uma boa educação e, na tentativa de mandar alguns para estudar em São Paulo, muito poucos conseguiam chegar até o fim e se formar. Mas o problema que assombra a Comunidade há algum tempo é a construção das usinas hidrelétricas na região. Com a construção das barragens, a maior parte da Comunidade será inundada, restando para fora da água apenas a cruz da igreja. O que realmente os preocupa é que, se saírem de suas terras, terão dificuldades em se adaptar, pois só sabem viver de sua agricultura e por seu estilo de vida. Não conseguiriam recomeçar em outro lugar, como São Paulo.
Fotos
Vista da comunidade do lado oposto do Rio Ribeira
A simples estrutura da comunidade
Plantação de bananas orgânicas da comunidade, uma comum atividade econômica dos moradores
Entrada do quilombo de Ivaporunduva
Construção típica da comunidade
Um simples bar freqüentado pela comunidade de Ivaporunduva
Vídeo:
Palestra de um morador sobre a opinião da comunidade em relação à construção das usinas hidrelétricas.